7 de outubro de 2012

Didiabolic | Looper


Oi pessoal, tudo bom?
Na sexta passada eu fui ao cinema assistir:



Looper - O Assassino do Futuro (2012)






O enredo se passa em um futuro onde as máquinas do tempo ainda não foram inventadas, mas será em alguns anos à frente. E é de lá que uma organização criminosa (que é a única que usa o equipamento) ”desova” seus inimigos no passado onde uma gangue pré-avisada os assassina. A ideia é apagar os seus vestígios do futuro, onde é praticamente impossível sumir com um corpo. Esses assassinos levam o nome de loopers, que são pagos no momento em que matam suas vitimas, que já vem do futuro amarradas, com um saco na cabeça e o pagamento junto as costas, e então somem com o corpo do desafortunado.

Essa é a vida de Joe (Joseph Gordon-Levitt) que sabe que um dia terá que matar a si mesmo 30 anos mais velho - uma espécie de queima de arquivos exigida pelos chefões, achei interessante as questões filosóficas de que filme faz nessa parte, como o apego ao presente, ele sabe que irá morrer pelas próprias mão, mas ignora o fato por um presidente mais confortável em meio ao caos que se instalou nos Estados Unidos.

Tudo vai bem até que ele tem que liquidar consigo mesmo do futuro (Bruce Willis), a hesitação diante da surpresa o distrai abrindo a oportunidade para o Joe do futuro escapar, o que não pode acontecer para não mudar o curso natural das coisas, assim uma caçada tem início para capturar o Joe do presente e o do futuro, mas ambos tem objetivos diferentes, apesar de serem a mesma pessoa.

Atualmente o cinema tem produzido muito lixo futurístico tendo em mente o público cativo que engole muita balela e enche os cofres de Hollywood, o que não é o caso de Looper, a história é muito bem desenvolvida e dinâmica. Não apela para um milhão de efeitos especiais para encobrir um enredo mau feito.

Por mais que o filme aborde temas já muito manjados, a visão que o diretor Rian Johnson apresenta, é bastante inteligente usando questões sobre se o nosso futuro seria pré-determinado. As respostas vem com o decorrer da história de Joe, mas também com a de um menino telecinético que aparentemente se tornará um grande vilão no futuro.

Uma coisa que me chamou muita atenção em Looper é a dualidade dos personagens, que está muito em falta nos filmes de hoje em dia, essa possibilidade de mudanças os torna mais complexos, nos deixando em dúvida por quem torcer.

Senti que em algumas partes o filme ficou um pouquinho confuso, mas nada que perca o charme e a originalidade que é apresentada.

Parabenizo o trabalho de deixar o rosto de Joseph Gordon-Levitt parecido com o de Bruce Willis com próteses e maquiagem, em vários momento durante o filme eu fiquei em dúvida se era realmente Gordon-Levitt, que eu não posso deixar de parabenizar também por seu crescimento como ator, é bastante contrastante assisti-lo em (500)Days of Summer (2009) e em Lopper, com certeza um dos melhores atores da “nova geração”.

Talvez o filme tenha ficado ainda mais interessante graças a personagem Sara (Emily Blunt), mãe do garoto telecinético, que traz mais humanidade ao jovem Joe e ao filme, elevando a um nível mais dramático.

Looper é um filme corajoso, se afastando dos temas piegas trazidos pelo sci-fi atual, diferente do remake do Vingador do Futuro, o filme não apela para a ação desvairada, optando pelo desenvolvimento dos personagens, mostrando que a narrativa bem elaborada pode sim, fazer um dos melhores filmes do ano.



Nota: 


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Didi é estudante de design, nerd assumida, leitora compulsiva, gamer incorrigível, cinéfila das boas, musicalmente eclética, adora longos passeio ao luar!

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