1 de novembro de 2012

Review | Grey's Anatomy - S09E04 - I Saw Her Standing There




Grey's Anatomy sai do escuro e frio poço em que se encontrava, dando lugar agora à luz e à alta temperatura, se é que vocês captaram o que quero dizer. E o drama? É claro que o personagem mais importante sempre faz presença.

SPOILERS A SEGUIR:


Para aqueles que acompanham a série desde a 1ª temporada, definitivamente devem estar se permitindo dizer: Obrigado Shonda, por trazer de volta o bom e velho Grey’s Anatomy! Já não tinha mais lágrimas coração para aguentar tanta tragédia. Quem assiste sabe que o drama é realmente levado ao pé da letra, mas desde alguns episódios que antecederam a Season Finale da 8ª temporada, seguidos dos dois primeiros da 9ª, foi perceptível que Shonda tinha levado este “drama” a um nível completamente angustiante e sombrio. Com dois personagens do elenco principal fora da série (já que morreram), muito caos e enlaces completamente tristes, os sobreviventes retomam suas vidas e buscam seguir adiante, lidando com as perdas e danos. Alguns destes irreparáveis, como no caso de Arizona, que teve a perna esquerda amputada.

O episódio 9x04 começa de uma forma, digamos, bem quente. Velhos e novos casais desfrutam agora de uma boa transa, o que de fato nos mostra que muita coisa desde o acidente foi superada. E o que não falta neste episodio é sexo. Kepner e Avery continuam no jogo do “vou – não vou”, ora prometendo esquecer o affair, ora se permitindo cair na cama.

Richard Webber retoma o ar jovial. As cenas tão agradáveis e cômicas dele com Bailey se fazem presente. Confesso que estava super na saudade dos momentos em que os dois contracenavam. Seu romance com Catherine Avery (mãe de Jackson Avery) parece ter finalmente engrenado, com cenas de flertes e carícias. O casal “maduro” da série tem uma química interessante, e se deparam com um caso bastante peculiar. Um jovem, acompanhado de sua amiga, tem um saco “bolsa escrotal” do tamanho de 4 bolas de basquete (desculpem o trocadilho), o que lhe faz não sair mais de casa ou se declarar para a garota que gosta. No final do caso, seu problema é diminuído em 98% e revela que a garota por quem é apaixonado é a amiga que o acompanha o tempo todo. Catherine tem um diálogo com Kepner, e continua insistindo na idéia de que a moça precisa de uma boa transa. Mal sabe ela que a moça tem feito isto com seu filho (várias vezes, diga-se de passagem). Avery coloca Webber contra a parede e diz não concordar com a relação dele com sua mãe. Webber não se deixa intimidar e rebate dizendo que não o decepcionará, cuidará bem de sua mãe.

Karev tenta se reaproximar de Arizona. Parece que finalmente o moço tem encontrado o caminho da maturidade. Se mostra preocupado quanto à ala da Pediatria (já que não deu muito certo com o novo chefe de lá), e descobre que Arizona está no Seatle Grace experimentando próteses. No primeiro momento, Arizona se mostra muito arredia e distante pirracenta até dizer chega, ainda ferida pela amputação da perna, e de seu conflito com Calie (que, para Arizona, foi quem decidiu e fez a amputação). Dando uma colher, aliás, uma concha de chá para a moça, podemos compreender que realmente perder a perna não é algo que se digere do dia para a noite. Para quem percorria o hospital de patins, se vê agora impossibilitada de ter uma vida normal de volta. Nisto, descobrimos que foi Karev o responsável pela amputação (sim, Callie veio se fazendo de alvo/culpada este tempo todo). Após um tempo, Arizona tenta caminhar sozinha, com a prótese, mas cai quando vê Karev entrar na sala e o moço salva a princesa do tombo. Ela mostra para ele que o local se recuperou de forma sadia e rápida e ele revela que precisa dela de volta no hospital. Finalmente, ela parece ter se dado conta e diz que está dando seu melhor. Karev responde que Callie também. Em casa, Arizona deixa a resistência de lado e convida Callie para se sentar junto dela no sofá, para assistirem tv (é um avanço, se repararmos no imenso espaço que há entre as duas no sofá).

Yang e Meredith continuam mantendo contato via telefone, já que Yang não trabalha mais no Seattle Grace. Em seu novo local de trabalho, Cristina demonstra preocupação em se adaptar à nova vida e lida com a questão de seu companheiro de equipe, antes odiado mas agora tido como “amigo”, doutor Thomas, quem ela julgava ser oldfashioned velho demais para atuar com as técnicas mais modernas nas operações. Começou a ter um caso com Parker (não é o Peter), chefe do hospital onde está trabalhando, em Minnesota, e descobriu que este deseja aposentar, de uma forma ou de outra, o doutor Thomas. Em um caso complicado, Yang tenta convencer Thomas de usar uma técnica mais atual, temendo que o processo usado pelo velhinho pudesse ser arcaico demais, trazendo complicações desnecessárias. Ele apresenta dificuldades, mas conta com o apoio de Yang para terminar a operação. Os dois dividem cenas bem engraçadas, que representam um desenvolvimento da personagem, que possui grande dificuldade em ser criticada e lidar com caminhos os quais não foram designados por ela. Ela vai até a casa de Parker e desabafa, mostrando à ele seu descontentamento com a idéia dele querer aposentar Thomas, com argumentos dos quais ela discorda e vai embora.

Enquanto isto Derick, incapacitado de operar, dá aulas para os novos residentes. Em uma demonstração de procedimento, sua mão vacilante é percebida por um dos alunos, e logo ele dá um jeito de se esquivar. Meredith descobre, através de um de seus residentes, que um paciente tem um tumor raro e de chances quase nulas para sua extração. Com medo de que Derick descubra e se sinta mal, ela procura não deixar que o mesmo saiba da operação, que ela mesma realiza, e mente para ele. Porém, em uma de suas aulas, alguns residentes o questionam sobre a tal operação de Meredith, e ele acaba descobrindo a verdade, indo assistir da galeria (e dá um zoom nesta passagem, pois ela é uma das poucas cenas neste episódio em que Owen Hunt aparece -q). Por um milagre, Derick conversa com Meredith e diz que apenas gostaria de saber sempre que ela tiver um “bom dia” (uma boa operação). Diferente dos momentos antigos, onde cada um ia emburrado para um canto, não? A operação obteve sucesso. O episódio termina com Yang e Thomas bebendo e se divertindo em um bar, representando uma bela inesperada amizade. Ela deixou bem claro para Parker a sua posição, e cortou o vínculo que os dois começaram a ter. Owen, que quase não apareceu no episódio, vai passar a noite no antigo trailer de Derick, olhando para as estrelas (tão fofo - sóquenão). E claro, Kepner e Avery correm para um quarto do hospital para se amarem mais uma vez. Este hospital as vezes parece até um motel, diga-se de passagem *risadas*. Estava até desacostumado com um episódio terminando de forma “feliz”. Shonda realmente gosta de uma dose depressiva. E de fazer todos nós desidratar com tanto choro. Mas fazer o quê? Se torna um vício massivo e sempre queremos ver o que acontece no próximo episódio. Então, até lá :}



E você? Gostou do review? Concordou ou discordou da opinião? Deixe o seu comentário aí embaixo e exponha a sua opinião também.
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Fabrício Raito Geek, Gamer, Serie-a-holic, Cinéfilo, viciado em livros e música e em comprar mangás, Otaku e apreciador da cultura oriental. É psicólogo, tem mania de organização e necessidade de sair criando coisas. Lápis e papel na sua mão se tornam um universo paralelo sem limites.

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