22 de novembro de 2012

Review | Grey's Anatomy - S09E06 - Second Opinion




Shonda restabelece o antigo padrão da série, o qual atraiu milhares de fãs. Será esta nova fase uma espécie de saudosismo?
SPOILERS A SEGUIR:

Fãs famigerados de Grey’s Anatomy claramente conseguem assimilar a série a uma montanha-russa. Shonda consegue ir de 0 a 100 em questão de segundos, e geralmente, acaba despedaçando seu coração para logo mais a frente te trazer alívio com passagens singelas, românticas e marcantes. Aliás, “marcante” define Shonda. Por tal fato, sempre ficamos com um pé atrás, esperando o pior, depois da longa gigantesca fase obscura e da Season Finale da 8ª temporada. Tudo pode acontecer.

April e Avery também conseguiram o efeito “0 a 100” nestes últimos três episódios. O que começou como algo agradável (o fato de ambos descobrirem seus sentimentos enquanto procuravam fazer outra coisa a não ser transar) já cansou. Ficou boring. Parecem mais dois adolescentes que não conseguem decidir se namoram ou se apenas “ficam”, se se entregam logo ou se lutam para não se envolver. Sinceramente, deu vontade de pular todas as partes que ambos contracenavam. Shonda, NEXT please? Falando em Avery, não sei o que pensar MESMO da trama April x Avery x Webber x Avery mãe. Desta vez, ele acabou sendo “agraciado” com um e-mail provocante Webber, onde na verdade, o destinatário era sua mãe. Para piorar ainda mais a situação, a nada atenta responde o e-mail, e lá está Avery lendo novamente. Webber já encenou passagens melhores e eu não consigo imaginar um personagem tão forte aparecendo apenas em momentos tão “bobos” como estes. Shame on Shonda.

Karev parece estar sofrendo do mal do “Personagem perdido na série, sem um plot a seguir”. Depois de perder o fio da meada que o prendia à trama central (o fato de Arizona nutrir ódio por ele, e ele ter deixado de assumir a ala da Pediatria), o bom moço parece apenas ficar andando pelos corredores e se esforçando para ser mal com os residentes, além, é claro, de transar com quantas mulheres lhe for possível. Nesta altura do campeonato, eu esperava ver um Karev mais maduro, que aprendeu com os erros, inclusive o de finalmente se ajeitar com alguém mais “fixo”. Será que Shonda tem planos para o personagem ou ele vai continuar sendo um “tapa-buraco” na série?

Haters da fase “Arizona perneta” (sorry se soou cômico) já podem comemorar. Ao que tudo indica, a guria aposentou a birra e a chupeta mágoa e finalmente se dispôs a encarar a sua realidade. Porém, contou com a ajuda de uma outra personagem que praticamente também tem sido muito mal aproveitada nestes últimos episódios, Miranda Bailey SDDS NAZI. Buscando encontrar respostas para um caso de uma criança, Bailey liga e pede ajuda de Arizona, avisando que iria deixar os resultados dos exames debaixo da porta desta, para que, assim que identificasse um diagnóstico, retornasse a ligação. Arizona coloca a prótese e com uma certa dificuldade, anda até a porta. E nada encontra. É nesta hora que a luzinha acende na nossa cabeça e ligamos os fatos: Bailey não entregou exame nenhum, ela queria apenas cutucar a onça com vara curta Arizona para que esta pudesse sentir nem que fosse uma mínima vontade de voltar a trabalhar. E nos alegramos quando vemos que funciona. Ainda mais quando, inesperadamente, Bailey vê Arizona andando nos corredores do Seattle Grace, trazendo respostas para o caso. Callie também vê e percebemos a felicidade genuína estampada em seu rosto. Callie tem uma tremenda facilidade em nos fazer emocionar junto dela. Callie ainda divide cenas com Derick, onde sente-se pressionada ao dizer frente aos advogados (ainda no que se refere ao acidente, à Derick perder os movimentos das mãos, à sua cirurgia realizada por Callie e da impossibilidade do mesmo voltar a operar). Ela e Derick discutem, e ela se fragiliza, mostrando sua vulnerabilidade quando revela que se sentia culpada de não conseguir ter êxito na cirurgia, dela ser a culpada por ele não voltar a operar. Derick diz que a culpa não é dela, foi ele quem a escolheu para fazer a cirurgia e que ela teria feito tudo o que podia. Callie diz que não, não havia feito tudo o que podia e, perante os advogados, muda seu discurso, expondo várias outras opções que gostaria de tentar para com Derick e a recuperação dos nervos da mão.

Talvez o momento ápice deste episódio (vibrem Yang’s fans) tenha sido a volta de Yang para o Seattle Grace. SIM, SHE’S BACK! Owen a contrata novamente, ainda que mostrando certa relutância (claro, sabemos que existe sentimentos ainda entre os dois e isto é complicado). Yang aceita o baixo salário as condições e mostra toda a sua graciosidade, resultados da maturidade adquirida durante todo o período depois do acidente. Mas é claro, quando se fala em Yang, se fala também da arrogância e prepotência. Mesmo assim, é perceptível uma mudança na personagem, principalmente quando vemos a cena em que ela e dois residentes estão em uma cirurgia, e ambos começam a idolatrá-la, felizes com seu método de ensino (sim, eu disse felizes. É possível ser feliz sendo residente, ok?). Em um certo momento, Hunt entra em atrito com ela, dizendo que ela poderia ser demitida por ter usado uma técnica diferente da proposta pelo médico responsável pelo paciente que ela operou. Mas ao contrário do esperado, Yang foi parabenizada, a contragosto de Owen, que sai de cena. Yang divide então o aluguel na antiga casa de Meredith com Karev.

Quem sabe assim os momentos hilários não dão as caras nos próximos episódios? Te vejo lá (:



E você? Gostou do episódio? Concordou ou discordou da opinião? Deixe o seu comentário aí embaixo e exponha a sua opinião também.
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Fabrício Raito Geek, Gamer, Serie-a-holic, Cinéfilo, viciado em livros e música e em comprar mangás, Otaku e apreciador da cultura oriental. É psicólogo, tem mania de organização e necessidade de sair criando coisas. Lápis e papel na sua mão se tornam um universo paralelo sem limites.

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